domingo, 30 de novembro de 2008

Notícia: Quais são os artistas mais expressivos do Estado?

Você saberia dizer quais são os artistas da cultura sul-mato-grossense mais expressivos? Se você recordou nomes como Manoel de Barros, cantores da família Espíndola, Conceição dos Bugres, Chico Neller, e outros que estão sempre sendo citados pela mídia local, você pode se igualar a cerca de 152 pessoas que participaram de uma pesquisa de trabalho de conclusão de curso: “Expressão: nomes da cultura sul-mato-grossense”.
O projeto é do acadêmico de Jornalismo e fotográfo Rodrigo Ostemberg, que realizou uma pesquisa com pessoas ligadas a áreas de comunicação e cultura do Estado (professores, mestres, doutores...) perguntando a eles quem são os artistas mais expressivos de MS das seguintes áreas culturais: música, literatura, teatro, dança, artes plásticas, fotografia, cinema e artesanato.
Rodrigo poderia ter se aprofundado em uma área especifica da cultura, mas apesar de ser mais trabalhoso, ele preferiu fazer seu trabalho sobre todos os aspectos culturais que o Estado apresenta. “Eu queria mostrar a cultura do estado num todo, e não aprofundar somente em uma área. Quero que meu trabalho seja um apresentador da cultura sul-mato-grossense”.
A pesquisa mostrou quais são os artistas destas oito categorias mais conhecidos pelos entrevistados. Com este resultado Rodrigo apresenta no trabalho pelos menos o nome de três pessoas de cada vertente, além disso, ele fez um levantamento da vida dos autores citados. Ele também procurou destacar nomes de autores já expressivos e que ainda serão expressivos. Na monografia ele destaca cerca de 30 artistas locais, mas o principal objetivo é mostrar nomes que são desconhecidos, porém que merecem, e muito, serem reconhecidos.
Com seu trabalho, além de descobrir as opiniões de uma parcela da população sul-mato-grossense sobre a cultura local, ele também pode tirar outras, riquíssimas conclusões. “A nossa cultura é riquíssima e pouca divulgada. Espero que a partir deste trabalho a gente consiga instigar a população a conhecer o que temos. Meu trabalho vem colaborar com a produção cultural, para que ela se firme e se expresse”, aponta.

Resultados
Música: os cantores mais citados foram os da família Espíndola, desde Jerry à Celito. Para o autor do trabalho, esta família de artista é uma das mais expressivas de MS. Outro ponto debatido por ele em relação a músicas, cantores e bandas, é a desvalorização dos artistas regionais, em contrapartida com a grande valorização de cantores de fora.

Literatura: nesta lista não houve escritor mais citado do que nosso ilustríssimo Manoel de Barros. Rodrigo também comenta a importância de Roberval Cunha e Emanuel Marinho para a nossa literatura.
Dança: dentre os coreógrafos e coreógrafas, ganhou destaque, segundo a opinião das fontes, Renata Leoni criadora do grupo Ginga. “Todas as pessoas falam dela” relata o pesquisador. Chico Neller também é outro coreógrafo muito citado. Existem vários grupos de dança na capital, de diversos tipos de músicas. No segmento hip hop, funk, dança de rua somos muito bem representados por Edson Klair do grupo “Funk-se”, seu nome apareceu “disparado na pesquisa”.
Teatro: um fato interessante marcou as conclusões sobre esta área, pois os pesquisados não citaram nomes de atuais diretores de peças, e sim citaram nomes de grupos “não apareceram nomes isolados”, e de antigos produtores culturais. “Não temos uma nova geração de teatro, temos grupos”, concluiu Rodrigo. As pessoas citaram o grupo “Palco” e “Grupo de Risco”, dentre outros. Apesar de não ter sido um produtor teatral, Américo Calheiros é homenageado na monografia de Rodrigo. Para o futuro jornalista o papel político que Américo realiza com o teatro é de suma importância. “Ele levou o teatro para a rede municipal, teve a preocupação de levar para as crianças. Agora está levando para rede estadual”. Fotografia: Quanto a este segmento, uma de suas paixões, Rodrigo faz mistério e diz que só irá apontar os fotógrafos mais expressivos no dia da apresentação. Artes plásticas: Rodrigo destaca a grande quantidade de manifestações artísticas existentes em nosso estado, são esculturas, telas, grafite, dentre outros. O artista plástico Douglas Colombelli é um dos mais citados.
Artesanato: Conceição dos Bugres não podia deixar de ser citada, afinal é uma de nossa maiores representantes neste segmento. Suas esculturas expressam a nossa cultura. “O mundo inteiro conhece seu trabalho. O “bugrinho” é o ícone da nossa cultura”, diz.
Cinema: Conforme o idealizador do trabalho, José Otávio Guizzo foi um dos pioneiros desta área em nosso Estado. “Quando surgiu o estado de MS ele pegou uma câmera e saiu retratando, filmando aquele momento. Hoje o material que nós temos sobre a divisão do estado é graças a ele”, conta. Davi Cardoso também é fortemente citado, de seus 76 produções, cinco foram feita aqui. Além disso, Rodrigo destaca o riquíssimo cenário sul-mato-grossense, “Bonito e Pantanal”, belezas que já serviram de cenário para novelas como a famosa obra “Pantanal”.

Apresentação Tudo isso e muito mais, você poderá ver na apresentação de Rodrigo Ostemberg no dia 11 de novembro às 21 horas no auditório da TV Pantanal, bloco 5 da Anhanguera/Uniderp campus I.

Unifolha, Isabela Ferreira, 30 de outubro de 2008

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